segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Momento de Poesia

Já há muito que este momento não aparecia neste blogue. Ao repassar as mãos no livro Lendas, Parábolas, Crónicas, Sátiras e outros Poemas de Bertold Bretch,  li novamente este poema e refeti sobre o sentido da bondade, da liberdade e da razão. Bretch dá-nos algumas respostas que ficam abertas ao pensamento de cada um e quem sabe à fala de cada um.

De que Serve a Bondade

1
De que serve a bondade
Quando os bondosos são logo abatidos, ou são abatidos
Aqueles para quem foram bondosos?

De que serve a liberdade
Quando os livres têm que viver entre os não-livres?

De que serve a razão
Quando só a sem-razão arranja a comida de que cada um precisa?

2
Em vez de serdes só bondosos, esforçai-vos
Por criar uma situação que torne possível a bondade, e melhor;
A faça supérflua!

Em vez de serdes só livres, esforçai-vos
Por criar uma situação que a todos liberte
E também o amor da liberdade
Faça supérfluo!

Em vez de serdes só razoáveis, esforçai-vos
Por criar uma situação que faça da sem-razão dos indivíduos
Um mau negócio!

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